Em mais uma mobilização para fortalecimento da greve, o Presidente e o Secretário Geral do SINDPOL, Denílson Martins e Cláudio de Souza, dirigiram-se até os municípios de Uberlândia e Uberaba nesta quinta-feira (19/05), com a intenção de participarem de uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Direitos Humanos da ALMG a se realizar na Câmara Municipal de Uberlândia, tendo como motivo denunciar as péssimas condições de trabalhos e os riscos à saúde e à vida dos servidores da Polícia Civil que trabalham no prédio da 16ª Delegacia Regional de Uberlândia. As autoridades e dirigentes sindicais reivindicam a demolição daquele prédio e a construção de uma nova unidade compatível com o atendimento e o uso das atividades da Polícia Civil.
Esta viagem também teve como objetivo incentivar e fortalecer as atividades de greve que hoje acontecem na Polícia Civil. A adesão em Uberlândia dos procedimentos contidos na cartilha do SINDPOL/MG é total, com surpreendente engajamento de Delegados, Inspetores, Escrivães, Investigadores, Legistas, Peritos e Administrativos, realmente um comportamento que serve de exemplo para todo o Estado, pois toda PC esta consciente de que precisa de valorização sob todos os aspectos neste atual momento.
A direção do SINDPOL/MG, terminados os trabalhos em Uberlândia, dirigiu-se em comitiva para a Regional de Uberaba, uma vez que havia registros de reclamações de servidores de que o Delegado Regional e a Chefe do Departamento estavam impedindo os policiais de aderirem à greve e seguirem os procedimentos da cartilha. Em reunião com os policiais e o Delegado Regional, após franco debate, a Direção Sindical pôde dirimir alguns equívocos de interpretação e conclamou a todos, inclusive os delegados, a se engajarem na greve, que é lícita, legal, conveniente e oportuna, sendo na verdade, o mais adequado instrumento de busca de melhorias e valorização junto a esse governo. Todos ali presentes reclamaram do sucateamento institucional pelo qual passa a Polícia Civil naquela regional, desde a falta de efetivo às más condições de acomodação e estrutura do prédio, que assim, como em Uberlândia, não comporta mais o funcionamento e o atendimento das ações de Polícia Judiciária; o Presidente do sindicato esclareceu ao Delegado, Dr. Francisco, que não é obrigado a aderir à greve e sim respeitar a atitude daqueles que aderem, e que compete ao sindicato, principal instância reivindicatória da Polícia Civil, representar seus filiados em todas as instâncias, e na circunstância de greve, negociar com o Governador e o Chefe da Polícia Civil, bem como transigir sobre os dissídios junto ao Poder Judiciário, competente para julgamento de causa, finalizou dizendo que “uma vez declarada a greve é o sindicato e a Assembleia Geral que estabelecem os limites da mesma”. Denílson esclareceu ainda que, a polícia não é dos delegados, nem do sindicato dos delegados, que estes não entraram em greve, portanto, seria coerente e ético, que os mesmos não interferissem na greve, mesmo sendo eles também beneficiados por este instrumento, enfatizou que o SINDPOL/MG, entidade sindical com 4.500 filiados (a maior entidade sindical de polícia no Estado), tem legitimidade suficiente para entrar em qualquer delegacia, departamento, ou gabinete em que esteja lotado e trabalhando todo e qualquer policial, isto por questão de ofício e por compromisso institucional, e que conforme o texto constitucional, em seus artigos 8º e 9º dispõe que Poder Público nenhum pode ingerir ou interferir na atuação sindical.
Quanto a denuncia de que delegados daquela regional estavam determinando, em portaria, que policiais cumprissem escala de faxina nas instalações da regional, o Presidente do sindicato alertou a todos que esta conduta, desde dezembro do ano passado, caracteriza assédio moral, com pena de demissão para o assediador ou autoridade coatora, sem prejuízo dos desdobramentos de indenização cível, bem como o alcance de improbidade administrativa, alertou que é também dever de cada um, para com a dignidade de seu cargo, não se submeter a esta conduta e denunciar quando a mesma estiver prestes a acontecer. O delegado regional informou que esta iniciativa partiu de um delegado de seu quadro, mas que não prosperou, sendo tal portaria revogada, após sugestão dele próprio.O presidente do sindicato, novamente, conclamou a todos a repetirem e seguirem o exemplo de Uberlândia, se organizando, fortalecendo a greve, seguindo as orientações contidas na cartilha do SINDPOL/MG, se desculpou com todos os presentes, por eventuais incômodos e convocou a todos para grande Assembleia Geral, que acontecerá dia 08/06 em Belo Horizonte. A greve continua.Participaram da comitiva: o Diretor Regional de Uberlândia, Cezarino Ituassu, o Inspetor Geral do Departamento, Dr. Moreira, os Investigadores Áquilla, Alex, Marcelo, Lucas Roberto, além do Assessor Regional do SINDPOL/MG, Giucélio.
fonte: sindpolmg.org.br
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