Os dirigentes do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil – SINDPOL/MG estiveram durante todo o período da manhã e tarde de ontem (01/03), na ALMG.
No primeiro expediente, a finalidade foi participar da apresentação e justificativa das leis delegadas, por parte da Secretária de Planejamento e Gestão, Renata Paes Vilhena. O requerimento fora aprovado na Comissão de Administração Pública pelo Deputado, líder da oposição, Rogério Correa, a secretária, em sua exposição, demonstrou os porquês que justificaram a delegação de poder concedida pelos deputados ao governador Anastasia para cargos, e alterar a estrutura administrativa do Estado.
Lamentavelmente, a participação dos sindicalistas, principalmente dos componentes da Coordenação Intersindical, foi restringida pelos próprios deputados, com a intenção de blindarem a secretária e o governo de questionamentos embaraçosos. Da parte do SINDPOL/MG, o presidente, Denílson Martins, se tivesse a oportunidade e direito de falar, interpelaria a secretária o porquê do tratamento diferenciado dispensado à Polícia Civil, de forma que proibiu que os 84 cargos comissionados criados para administração da PCMG, fossem ocupados por policiais de carreira, mais uma vez um tratamento injusto e discriminatório do governo para com a Polícia Civil, pois esta limitação não fora imposta aos demais órgãos, nem mesmo para a PMMG. Na mesma senda, seria indagado também, o porquê dos resultados negativos na segurança pública, uma vez que, se a tese do choque de gestão de 2º geração era o “O Estado para resultados”, de acordo com o mapa da criminalidade do Ministério da Justiça, os homicídios em Minas cresceram 166%.
Outra indagação é a própria tese do choque de gestão de 3º geração: “Estado para cidadania”. Em ambas as teses, o governo não ouviu, nem atendeu aos servidores públicos, pois se o Estado é de resultados, quem os produz são os servidores públicos, que estão distribuídos, garantindo saúde, educação, segurança, sustentabilidade ambiental, receita e arrecadação. O Estado, em si mesmo, não existe, ele é uma ficção jurídica. Ele só se materializa através da ação de seus servidores.
Esqueceu também, o governo, que se o Estado é para cidadania, ele deveria antes, nos ouvir e atender, provendo de meios, condições de serviço e salário digno e justo, pois antes de sermos servidores somos, em primazia, cidadãos.
Dirigentes do SINDPOL/MG manifestam contra abordagens truculentas e esculachantes da PMMG
Na parte da tarde, a direção do SINDPOL/MG promoveu um manifesto denunciando a farsa da política de integração e também protestando mais uma vez contra as abordagens arbitrárias, violentas, truculentas e esculachantes praticadas por guarnições da PMMG e policiais civis e todo e qualquer cidadão.
Logo na entrada, tivemos o constrangimento de termos parte das nossas faixas censuradas pela assessoria da ALMG, que em sendo a “casa do povo”, deveria estar aberta à críticas de todo e qualquer cidadão, por isso, a faixa, que constava as inscrição: “cidadão mineiro, quem controla o estado, o governador Anastásia ou o coronel Renato da PMMG?”, foi barrada logo na entrada, não podendo ser estendida no interior das galerias da Assembleia. Do lado de fora, acontecia também um manifesto legítimo de policiais militares, contra declarações de autoridades a respeito da ação desastrosa da PMMG no aglomerado da Serra, que culminou na morte de dois populares, prisão de três e suicídio de um militar investigado.
Ao término deste manifesto, militares e seus manifestantes questionaram os dirigentes do SINDPOL/MG acerca das faixas, solicitando, a nosso ver, indevidamente, a retirada de pelo menos uma daquelas faixas, em específico a que tratava da abordagem truculenta, o que não pôde ser atendido, porém, atendendo, em consideração, ao cabo Álvaro Coelho, presidente do Centro Social de Cabos e Soldados, o presidente, Denílson Martins, aceitou trocar a faixa, porém, somente pela faixa antes censurada pela ALMG, o que foi aceito pela direção da casa e por todos os presentes. Venceu o bom senso.
fonte: www.sindpolmg.org.br
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