sábado, 26 de fevereiro de 2011

Policiais civis do DF mantém greve

Apesar de terem sinalizado o fim da paralisação após reunião com governador Rogério Rosso, que prometeu ajudar nas negociações da categoria com o governo federal, sindicalizados decidiram manter os braços cruzados. TJDF determinou que greve é ilegal e estabeleceu multa diária de R$ 100 mil.

Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (24), os policiais civis do DF decidiram pela manutenção da greve. A categoria cruzou os braços no dia 19 de junho depois que o Ministério do Planejamento informou não ter condições de reajustar os salários em 33%. Nesta manhã, o governador Rogério Rosso, preocupado com a segurança da população, decidiu intervir. Ele propôs ajudar nas negociações entre Polícia Civil e governo federal, caso a greve terminasse.

A expectativa era de que a estratégia do governo local desse certo e os cerca de 2,5 mil sindicalizados votassem pelo fim da paralisação. O presidente em exercício do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Círio de Freitas, chegou a sinalizar positivamente. “Existe uma tendência para aprovação do acordo”, disse Freitas nesta manhã.

Agora, no entanto, a população do DF terá de esperar por uma nova assembleia, marcada para o dia 30 de junho. A data também é prazo limite para concessão de reajustes em ano eleitoral. Até lá, apenas flagrantes e crimes hediondos são registrados em delegacias, mesmo após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) ter determinado a volta imediata às atividades e multa diária de R$ 100 mil à categoria.

De acordo com o governador, o GDF reconhece a legitimidade do pleito da categoria, mas não tem poder de decisão. Na tentativa de acabar com o problema, Rosso enfatizou que o governo federal havia deixado um canal aberto para negociação e, por isso, pediu a todos que reconsiderassem a volta ao trabalho.

O presidente do Sinpol alegou que a continuidade da greve deve-se ao fato de o governo federal não ter feito nenhuma proposta até agora. “Apesar do empenho do governador no comprometimento com a causa, não podemos suspender a greve sem algum acordo com o governo federal, já que nosso pleito depende da aprovação dele”, explicou.

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